7 Abril 2025

Paranapanema avança 8,59% e acumula valorização de quase 60% em 2025

As ações da Paranapanema S.A. (PMAM3), uma das maiores produtoras de cobre do Brasil, encerraram o pregão do dia 3 de abril de 2025 com uma expressiva alta de 8,59%, cotadas a R$ 1,39. Esse desempenho diário é parte de uma sequência positiva que vem se desenhando ao longo do ano, com uma valorização acumulada de 59,18% desde o início de 2025.

O papel abriu o dia cotado a R$ 1,30, com mínima de R$ 1,34 e máxima de R$ 1,46, totalizando um volume financeiro de aproximadamente R$ 2,96 milhões em 2.019 negócios realizados. Apesar do bom momento recente, a empresa ainda registra uma desvalorização de 50,94% nos últimos 12 meses, refletindo um período de oscilação para o setor.

Fundada em 1961 por Octávio Cavalcante Lacombe, José Carlos Araújo e Aloysio Ramalho Foz, a Paranapanema iniciou suas atividades na área de construção civil pesada. No entanto, em 1965, após a aquisição da Minebra, a empresa passou a atuar também no setor de mineração, dando início a um novo ciclo de expansão.

A virada estratégica veio em 1969, com a descoberta de minério de estanho na Amazônia, o que levou a companhia a ampliar sua presença na região Norte do país. Em 1974, o BNDES passou a controlar a Paranapanema, com o objetivo de fomentar pesquisas no setor de mineração. Três anos depois, em 1977, a empresa foi registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), consolidando sua estrutura empresarial no mercado.

Durante a década de 1980, a companhia esteve envolvida em dois projetos relevantes: a implantação da fábrica de alumínio Albrás e a participação na exploração da mina do Projeto Ferro Carajás, reforçando seu papel no setor de infraestrutura e mineração nacional.

Em 1995, a gestão da Paranapanema passou a ser conduzida por um consórcio de fundos de pensão liderado pela Caixa Econômica Federal. No ano seguinte, em 1996, a empresa encerrou definitivamente suas atividades no setor de construção civil e reestruturou sua atuação, passando a operar como uma holding focada em metais não ferrosos.

Essa transição estratégica levou à venda de ativos considerados não essenciais: o segmento de zinco foi alienado em 2002 e o de estanho em 2008. A partir de 2012, a Paranapanema passou a concentrar suas operações exclusivamente na fundição e refino de cobre primário, além da produção de itens semimanufaturados, como vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos e conexões.

Em 2017, diante de um cenário financeiro desafiador, a companhia promoveu uma ampla renegociação de suas dívidas e conseguiu captar R$ 712 milhões por meio de ofertas públicas, reforçando seu caixa e sua capacidade de investimento.

O atual desempenho positivo das ações pode estar refletindo a consolidação dessa estratégia focada no cobre, em um contexto de recuperação gradual da indústria e valorização dos metais no mercado internacional. Mesmo com os altos e baixos dos últimos anos, a Paranapanema demonstra resiliência e busca manter sua relevância no cenário da mineração brasileira.